A cidade de Barbacena localizada em Minas Gerais considerada por "cidade das rosas" foi espinho na vida de muitas pessoas em 1903. No início do século XX o município recebeu um dos maiores hospitais para tratamento psiquiátrico do país considerado como Colônia, o intuito era proporcionar um espaço para a busca da cura com especialistas e após o fim do tratamento os pacientes retornaria para suas famílias, mas o que acontecia era o agravamento do estado de saúde dos pacientes e milhares morria em condições desumanas.

     Pela estrada de ferro que cortava um dos pavilhões do Colônia chegava muitas pessoas que foram diagnosticados com algum problema mental, isso apenas no papel, a maioria que chegava ali não tinha sintomas de loucura e recebiam o passaporte apenas de ida ao colônia por ser alcoólatra, epilético, homossexual, prostituta, filhas de fazendeiros que perdiam a virgindade antes do casamento, pessoas que se tornava incômodo para alguém com mais poder ou por ser tímido. Pelo menos 33 eram crianças.

    O cineasta Helvécio Ratton dirigiu em 1979 o filme "Em nome da razão" que expõe para toda a sociedade a realidade que os pacientes viviam naquele hospital. Ele conseguiu relatos impressionantes de pessoas que foram esquecidos pela família e tiveram que permanecer por vários anos em um lugar que não havia amparos médicos especialistas e muito menos condições físicas para tratamento humano. É uma história real de um verdadeiro depósito de pessoas que não agradava a sociedade brasileira.